Formação Cooperada (acreditada)

O MEM decidiu fazer acreditar as suas práticas porque construiu, em homologia processual, um modelo de formação.

É um modelo que tem um plano para ajudar os formandos, baseado numa filosofia de reflexão crítica sobre o seu desenvolvimento na ação. Trata-se de um modelo inovador e alternativo das práticas correntes porque pressupõe a ajuda à construção do “cenário pedagógico” (condições físicas e instrumentais) e a criação de condições de acompanhamento/supervisão, em grupo de cooperação, para garantir, com segurança e ao longo de um período julgado suficiente, a implementação de uma prática.

O MEM promove formação cooperada (acreditada), para efeitos de progressão na carreira, nas modalidades de Curso, Oficina, Estágio e Projeto no quadro do Sistema Nacional de Formação Contínua, realizada no âmbito do seu Centro de Formação, criado em 1993, segundo as regras previstas no Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (D.R. 249/92 de 9 de Novembro). É orientada pelos professores que constituem a sua equipa de formadores certificados.

Ações de formação para sócios e não sócios

Ações de formação apenas para sócios


Curso de análise evolutiva do Modelo Pedagógico do MEM

O Movimento da Escola Moderna tem realizado ao longo da sua história (desde os anos 60) um tipo de acções de formação designado institucionalmente por Sábados de Animação Pedagógica. Trata-se de uma modalidade de intervenção da área territorial de cada um dos Núcleos Regionais, que tem lugar mensalmente, pelo período de três horas. Estas sessões constituíram-se como ação acreditada, na modalidade de Curso, num total de 25 horas presenciais, conferindo 1 crédito.

Cada sessão é constituída por dois momentos de 1h e 30 minutos.

A primeira parte da sessão (1h30) destina-se à apresentação, em forma expositiva, apoiada em suportes multimédia de atualizações ou investigação realizada sobre o modelo do Movimento da Escola Moderna. Ou ainda ao estudo compartilhado de textos de referência sobre as cinco componentes da sua sintaxe.

Na segunda parte (1h30) analisam-se, em grupos constituídos por ciclo de ensino ou outras afinidades do sistema educativo, relatos de práticas produzidos para esse efeito. Os relatos de práticas são submetidos a reflexão crítica para recolha de sugestões de enriquecimento continuado, e melhoria da ação pedagógica.

O curso tem por objetivos:

  • Atualizar a informação sobre investigação e estudos realizados particularmente no âmbito teórico da perspectiva sociocultural, da psicologia cultural, da pedagogia crítica e dos estudos do currículo.
  • Construir a capacidade de análise crítica e avaliativa sobre a prática pedagógica a partir do seu relato.
  • Desenvolver a competência reflexiva sobre as práticas educativas.
  • Sensibilizar para a mudança de práticas pedagógicas dos professores convidados.
  • Analisar e debater as políticas educativas especialmente relevantes para o desenvolvimento do currículo.

Oficina “A integração das TIC na aprendizagem do currículo”

O Decreto-Lei n.º 139/2012 de 5 de julho, que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário, reforça na alínea o) do Artigo 3.º a utilização das tecnologias de informação e comunicação nas diversas componentes curriculares.

A presente ação de formação pretende ajudar os educadores e os professores do ensino básico e secundário a implementarem experiências de aprendizagem concretas que possam ser utilizadas para o desenvolvimento e construção de aprendizagens relevantes para os alunos na sala de aula implementando formas de atuação pedagógica de caráter inovador recorrendo às mais recentes plataformas e aplicações colaborativas disponíveis online, baseadas no conceito de ‘computação em nuvem’.

Conteúdos da ação

  1. As TIC no currículo nas várias áreas curriculares do ensino básico e nas orientações curriculares do pré-escolar.
  2. À descoberta das novas ferramentas colaborativas online
  3. A integração do uso das novas ferramentas colaborativas online na sala de aula

Neste processo de formação privilegia-se o método interativo na medida em que o mesmo permite um envolvimento por parte de todos os intervenientes e uma aprendizagem mais significativa, valorizando o capital de aprendizagens que cada participante possui.

Cada sessão terá como ponto de partida a experiência profissional e os conhecimentos de cada formando que servirão de problematização para o desenvolvimento de análise reflexiva e à produção que tenderá a promover as mudanças profissionais e a inovação.

A avaliação das mudanças alcançadas nas práticas profissionais será visível nos projetos e trabalhos desenvolvidos pelos alunos dos docentes em formação que serão partilhados numa disciplina do Moodle.


Oficina “Desenvolvimento da Escrita”

Pretende-se com esta Oficina de Formação disponibilizar, para os professores e para as escolas interessadas, uma modalidade de formação acreditada que permita uma reciclagem das metodologias de trabalho sobre o desenvolvimento da linguagem escrita no 1.º ciclo do ensino básico. Tem a duração de 26 horas presenciais, complementada com o tempo equivalente em trabalho autónomo.

Propõem-se estratégias diferenciadas de ensino-aprendizagem assentes em percursos de trabalho que partam daquilo que os alunos já saibam realizar nas produções escritas de modo a exemplificar-se, com algumas atividades propostas, o papel que se espera que os formandos venham a desempenhar no aperfeiçoamento compartilhado dos textos dos alunos no progressivo planeamento da escrita e no estabelecimento de circuitos funcionais de comunicação por escrito.

São conteúdos da ação:

  • Desenvolvimento da escrita e da leitura
  • A produção da escrita pelos alunos
  • Da produção da escrita livre à revisão e aperfeiçoamento dos textos produzidos
  • Análise de textos produzidos por crianças
  • Da organização da informação à produção do texto
  • Do aperfeiçoamento dos textos ao estabelecimento de circuitos de comunicação em suporte papel e on-line.

A avaliação processa-se a partir da análise de um portefólio individual, complementada pela informação recolhida através do processo de avaliação contínua e cooperada realizado ao longo das sessões presenciais da oficina de formação.


Oficina “Iniciação formal à Escrita”

Pretende-se com esta oficina de formação disponibilizar, para os professores do 1.º CEB e para as escolas interessadas, uma modalidade de formação acreditada que permita uma reciclagem das metodologias de iniciação à escrita no primeiro ano do 1.º ciclo do ensino básico. Tem a duração de 26 horas presenciais, complementada com o tempo equivalente em trabalho autónomo.

Constituem-se como conteúdos desta ação:

  • A emergência do discurso na escrita inicial
  • A produção da escrita pelas crianças
  • O processo de ensino-aprendizagem da linguagem escrita
  • O trabalho sobre o texto: descobertas guiadas
  • O aperfeiçoamento dos textos
  • O plano de trabalho do aluno no desenvolvimento da linguagem escrita
  • O desenvolvimento da linguagem escrita: trabalho em projetos e circuitos de comunicação
  • Para uma aprendizagem funcional e dialógica da linguagem

O processo de iniciação formal à escrita e à leitura no decurso do 1.º ano de primeiro ciclo decorre de uma estrutura de cooperação e interajuda que põe em destaque as modalidades de aprendizagem social, no âmbito de uma cultura sociocentrada do ato pedagógico.

Os progressos a desenvolver na leitura e na apropriação da gramática da língua decorrem assim da profusão do trabalho realizado e da atenção prestada à análise dos percursos e das produções como trabalho de metacognição auxiliar fundamental das aprendizagens na língua.

Trabalhar-se-ão fundamentalmente as estratégias enunciadas, produzindo um vaivém entre as sessões presenciais e as atividades realizadas com os alunos dos professores formandos, de modo a ativar os mecanismos de uma pedagogia isomórfica, que aproxime simetricamente os processos de trabalho da ação de formação dos que se realizam na sala de aula para tornar mais eficazes os efeitos da formação.

A avaliação processa-se a partir da análise de um portefólio individual, complementada pela informação recolhida através do processo de avaliação contínua e cooperada realizado ao longo das sessões presenciais da oficina de formação.


Projeto “Produção escrita para apropriação do currículo”

Para dar continuidade a tentativas anteriores de práticas de produção escrita e de análise e reflexão sobre textos produzidos por docentes, retomam-se agora as «oficinas de escrita», alargando o seu âmbito à modalidade de projeto, dando-lhe um carácter mais transversal.

Aproveita-se ainda para cruzar claramente a formação para o desenvolvimento da escrita profissional com a função da escrita como instrumento fundamental de aprendizagem do conhecimento disciplinar em cada uma das componentes científicas e humanísticas dos programas curriculares.

Procurar-se-á agrupar os formandos segundo a maior diversidade de áreas ou “grupos de recrutamento” para que se consigam levar mais longe os efeitos da cooperação no desenvolvimento da formação para a aprendizagem através da escrita.

Uma vez que o atraso verificado na cultura da produção escrita nas práticas de ensino não tem sido recuperado, atendendo aos baixos resultados dos alunos neste domínio, é urgente desafiar os professores para o desenvolvimento, reflexão e estudo da escrita para que por ela venham a ganhar gosto e, assim, possam transferi-lo para os seus alunos.

Espera-se ainda pôr em evidência quanto a prática da escrita determina a apropriação das competências académicas, propiciando a aprendizagem ao longo de todo o trabalho curricular, valorizando-se a perspetiva comunicativa e dialógica nas aprendizagens.

Conteúdos da ação:

  • A perspetiva comunicativa e a aprendizagem dialógica
  • A teoria do discurso e a gramática textual
  • O uso social dos discursos para satisfação de modalidades múltiplas de comunicação
  • Prática de géneros discursivos como o relato, a narração, argumentação, descrição, informação/exposição e processos de contração e expansão textual
  •  A interação da fala, da escrita e da leitura como motor de desenvolvimento linguístico e discursivo
  • A produção da escrita em todas as áreas do currículo
  • Funções que a escrita desempenha na apropriação da cultura no âmbito do trabalho curricular

 A avaliação dos participantes realiza-se a partir da análise de uma memória individual onde se relate o desenvolvimento do projeto, quer dando conta do trabalho realizado ao longo da ação de formação, quer do trabalho realizado com os alunos.


Projeto “Aprofundamento no Modelo Pedagógico do MEM”

Pretende-se desenvolver um trabalho de formação permanente com vista a aprofundar e desenvolver o modelo do MEM.

  • Produzem-se estudos e ensaios, constroem-se instrumentos de organização do trabalho e de apoio à educação através de avaliação e planificação das suas práticas de intervenção escolar (função técnico-pedagógica);
  • constroem-se e partilham-se instrumentos de trabalho pedagógico (função instrumental);
  • promove-se a reflexão e o aprofundamento teórico das práticas à luz dos contributos das Ciências da Educação (função científica).

São constituídos por grupos de 7 a 15 formandos, sócios do  MEM, com práticas sustentadas e com interesse em aprofundar essas práticas, ao longo de 25 horas presenciais e 50 de trabalho autónomo.

Tendo em vista a análise das práticas educativas e o aprofundamento teórico consideram-se os seguintes domínios:

  • as componentes estruturais do modelo (circuitos de comunicação; estruturas de cooperação;
  • participação democrática directa na gestão da ação educativa);
  • a aplicação do modelo pedagógico do MEM à gestão do currículo oficial;
  • as formas de organização e gestão cooperadas do currículo e da sala de aula;
  • o desenvolvimento da ação educativa (rotinas pedagógicas, planeamento, distribuição das actividades, avaliação cooperada);
  • o clima social da formação democrática e os princípios estratégicos da intervenção educativa;
  • a intervenção na comunidade e a intervenção com as famílias e as instituições locais;
  • o trabalho de equipa entre os profissionais na escola;
  • a construção cooperada dos projetos educativos nas escolas;
  • a função de regulação cooperada dos projetos no âmbito dos grupos cooperativos e do Conselho de Formação Cooperada nos Núcleos Regionais;
  • a comunicação e divulgação dos produtos decorrentes da ação de formação/investigação.