Para dar continuidade a tentativas anteriores de práticas de produção escrita e de análise e reflexão sobre textos produzidos por docentes, retomam-se agora as «oficinas de escrita», alargando o seu âmbito à modalidade de projeto, dando-lhe um carácter mais transversal. Aproveita-se ainda para cruzar claramente a formação para o desenvolvimento da escrita profissional com a função da escrita como instrumento fundamental de aprendizagem do conhecimento disciplinar em cada uma das componentes científicas e humanísticas dos programas curriculares.
Procurar-se-á agrupar os formandos segundo a maior diversidade de áreas ou “grupos de recrutamento” para que se consigam levar mais longe os efeitos da cooperação no desenvolvimento da formação para a aprendizagem através da escrita.
Uma vez que o atraso verificado na cultura da produção escrita nas práticas de ensino não tem sido recuperado, atendendo aos baixos resultados dos alunos neste domínio, é urgente desafiar os professores para o desenvolvimento, reflexão e estudo da escrita para que por ela venham a ganhar gosto e, assim, possam transferi-lo para os seus alunos.
Espera-se ainda pôr em evidência quanto a prática da escrita determina a apropriação das competências académicas, propiciando a aprendizagem ao longo de todo o trabalho curricular, valorizando-se a perspetiva comunicativa e dialógica nas aprendizagens.
Conteúdos da ação:
- A perspetiva comunicativa e a aprendizagem dialógica
- A teoria do discurso e a gramática textual
- O uso social dos discursos para satisfação de modalidades múltiplas de comunicação
- Prática de géneros discursivos como o relato, a narração, argumentação, descrição, informação/exposição e processos de contração e expansão textual
- A interação da fala, da escrita e da leitura como motor de desenvolvimento linguístico e discursivo
- A produção da escrita em todas as áreas do currículo
- Funções que a escrita desempenha na apropriação da cultura no âmbito do trabalho curricular
A avaliação dos participantes realiza-se a partir da análise de uma memória individual onde se relate o desenvolvimento do projeto, quer dando conta do trabalho realizado ao longo da ação de formação, quer do trabalho realizado com os alunos.